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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

BRASIL Mudança nas regras trabalhistas foi pensada antes da eleição


Foto: Divulgação
A mudança nas regras para a concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários, anunciada no final do mês passado como uma das medidas de redução das despesas públicas, foi decidida pelo governo de Dilma Rousseff antes da eleição, encerrada em outubro de 2014, de acordo com matéria publicada ontem pela Folha de S. Paulo. Um integrante do governo confirmou ao jornal que as novas normas, que limitam a obtenção do seguro-desemprego e do abono salarial, foram definidas em meados de 2014. Sinal de que a mudança estaria nos planos, é que em agosto, o governo reduziu em R$ 8,8 bilhões a previsão do gasto com o abono salarial para este ano. A revisão consta do Ploa (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2015, enviado naquele mês pelo Planalto ao Congresso. O integrante do governo ouvido pela Folha disse que a previsão foi feita com base nas regras já então definidas e que seriam anunciadas depois das eleições. Durante a campanha, em ataques aos candidatos adversários, Dilma disse que não faria alterações na legislação que comprometessem direitos do trabalhador. Ao insinuar que seus opositores alterariam os direitos trabalhistas, chegou a afirmar que não mexeria em benefícios como férias e 13º “nem que a vaca tussa”. O tema virou um dos slogans da campanha de Dilma. O governo espera economizar R$ 18 bilhões com as mudanças, que foram bem recebidas pelo mercado e por especialistas. O Palácio do Planalto foi procurado pela reportagem do jornal no início da tarde de sexta-feira. A Folha questionou quando as novas regras foram elaboradas, mas até ontem os questionamentos não tinham sido respondidos.
Correio*

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